O Vale do Silício é famoso pelas startups de tecnologia com suas ideias inovadoras que podem criar ou transformar todo um segmento do mercado. Porém, o que pouca gente sabe é que lá também é o berço de muitas ideias inovadoras de gestão para negócios e empresas.
E se alguns destes conceitos que estão ajudando as startups de tecnologia a mudarem o mundo também puderem ajudar um pequeno comércio?
Lean Startup / Gestão Enxuta
Um dos conceitos mais famosos no Vale do Silício é o lean startup, que defende a criação de empresas “enxutas”, isto é, times pequenos e ágeis, para testar uma ideia no mercado o mais rápido e barato possível.
E muito conectado ao conceito de lean startup está a técnica do MVP (Minimum Viable Product) ou Produto Mínimo Viável, que é a criação de um protótipo com o mínimo necessário para testar o conceito por traz de uma ideia. O MVP nasceu da necessidade de simplificar o desenvolvimento de produtos de tecnologia que se forem muito complexos podem demorar meses ou anos até serem lançados no mercado e consequentemente custar muito dinheiro.
Adotando o MVP, as startups normalmente criam um protótipo usável em poucas semanas, com quase nenhuma funcionalidade "extra" além das necessárias para apresentar a ideia do produto ao mercado. E então passam aprimorar o produto conforme a aceitação e resposta dos seus usuários. Ou, elas simplesmente "matam" o produto se perceberem que a ideia não era tão boa assim. Economizando, desta forma, meses de trabalhos de caros engenheiros.
MVP no comércio
Uma loja, assim como uma empresa de tecnologia, também tem diversas possibilidades para ampliar ou melhorar os seus negócios. Mas muitas vezes o dono do comércio decide por não implantar nenhuma novidade com receio do trabalho ou impacto negativo em suas vendas. Será então que podemos aplicar o princípio do MVP a projetos em um comércio?
Programa de fidelidade, promoções,recebimento de pedidos online no catálogo de produtos, novo discurso de vendas... São apenas algumas iniciativas que talvez podem ser testadas, através de um MVP, ao invés de totalmente implantadas em seu comércio. Imagine sempre como diminuir totalmente a escala da iniciativa, mas que ainda sobre o suficiente para colocá-la em prática e testar o conceito.
Um exemplo interessante e real que aconteceu foi com a Chilli Beans. No início de sua história, Caito Maia, fundador da atual maior rede de lojas de óculos do Brasil, precisava relançar seu negócio depois de alguns problemas que teve em um empreendimento antigo. Tudo o que ele tinha eram alguns óculos e muita vontade de vender. Ao invés de buscar um empréstimo no banco para abrir uma loja, Caito colocou os óculos em uma maleta de teclado (na época ele ainda tocava numa banda de rock) e abriu o seu "stand" na feira Mercado Mundo Mix. O enorme sucesso de vendas mostrou para o Caito que a ideia tinha grande potencial.
Anos mais tarde, já com sua primeira loja aberta na Galeria Ouro Fino, Caito queria ampliar suas lojas, mas ainda não tinha tanto dinheiro para abrir grandes filiais. Novamente, buscando alternativas mais rápidas e baratas de testar suas ideias, ele sugeriu para um shopping center se não poderia "aproveitar aquele espaço ali no meio do corredor do shopping". Caito praticamente inventou o modelo de quiosques em shopping centers no Brasil.
Outra possibilidade é testar ações por tempo limitado. Assim, tanto você consegue acompanhar bem de perto os efeitos dessa ação como qualquer possível dano a operação do seu comércio estariam controlados.
É claro que a aplicação deste conceito tem limitações. Assim como nas empresas de tecnologia, um MVP pode ser "enxuto" demais e não ser o suficiente para testar todo o potencial da ideia. Cabe ao empreendedor a capacidade de julgar se o teste foi o suficiente para testar uma ideia ou se ainda precisa de mais informações.
Oferecer algo grátis!
Praticamente todas as empresas de tecnologia fornecem alguma coisa grátis para seus clientes. E muitas vezes isso não é parte do produto ou serviço. Mas algo que seja de interesse do público-alvo, conteúdo, guias, vídeos etc. O objetivo é atrair o o público-alvo, iniciar um relacionamento com a sua marca para depois vender.
Vamos supor que você tenha uma assistência técnica de informática. É bem provável que tenha algum tipo de serviço que é bastante procurado e ao mesmo tempo é simples de ser realizado. Por que não oferecer esse serviço gratuitamente para qualquer um (nem que seja por tempo limitado)? Imagine o poder de divulgação boca-a-boca que isso pode gerar. Muita gente que nunca ouviu falar da sua assistência poderá vir realizar esse serviço e mesmo que não realize nenhum outro serviço pago no ato, ficará extremamente satisfeito por ter ganhado algo grátis. Quando ele precisar de qualquer outra coisa certamente lembrará de você.
E você, conhece algum outro conceito inovador que pode ser aplicado no comércio? Deixe seu comentário!
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