Obrigada a todos que enviaram suas sugestões com dúvidas sobre esse universo tão complexo que é a gestão de negócios. Percebi duas coisas, primeiro que não importa o tamanho do negócio, as questões centrais serão muito parecidas. Segundo é que a principal dúvida dos empreendedores gira em torno de gestão financeira.
Claro, mesmo que existam mil outros objetivos para abrirmos o nosso próprio negócio, o objetivo principal é o lucro. E sem uma boa gestão financeira, mesmo vendendo muito, pode não haver lucro.
É isso mesmo! Pode acontecer de sua loja estar sempre cheia, vendendo bem e ainda sim, no fim do mês as despesas superarem as receitas. Pois bem, o primeiro assunto do qual vamos conversar é como chegar no preço real de sua mercadoria produzida ou vendida. Porque se essa precificação não for muito bem analisada, pode ser que mesmo vendendo bem, você tenha prejuízo.
Então, eu fui pesquisar sobre o primeiro assunto da seção: precificação. Pesquisei e li muitos artigos sobre o assunto, mas percebi que isso não seria o bastante. Sabe o que fiz? Me matriculei num curso online pelo portal do Sebrae disponível gratuitamente para pequenos empreendedores. Desde então, estou dedicando algumas horas da minha semana para estudar sobre “Formação de Preço”. Você também pode se matricular. É um processo rápido e prático. Mas, se preferir, eu vou passar tudo o que estou aprendendo para os leitores aqui do blog.
Mesmo assim, você terá que dedicar algum tempo ao assunto. Não, não tem como resumir, simplificar ou simplesmente disponibilizar uma planilha milagrosa. Se você não entender bem os conceitos de todos os itens que compõe um preço de produto, nem com o Papa Francisco, cheio de boa vontade, te entregando uma planilha pessoalmente, você vai estar seguro de ter composto seu preço corretamente.
Fazendo o curso do SEBRAE, percebi que seria impossível num único post, informar corretamente como chegar no preço de seu produto. E que até chegar na precificação, antes teremos que estudar e organizar a gestão financeira de forma geral. Portanto, este será o primeiro post de uma série que farei sobre o assunto gestão financeira.
Vamos conversar entendendo o que significa cada item da gestão financeira dentro da realidade de seu negócio. Então, como temos um bom caminho pela frente, vamos começar!
Qualquer pessoa que vá definir o preço de venda de um produto sabe que ele leva em consideração os gastos envolvidos mais o percentual de lucro. No curso que estou fazendo, o primeiro módulo é dedicado totalmente a análise do que chamamos de “gasto”. E é ai que está o mais importante, saber definir exatamente todos os componentes deste “gasto”.
Independente da área de atuação de seu negócio, seus gastos se subdividem genericamente em: CUSTOS, DESPESAS e INVESTIMENTOS. E dentro da definição de “DESPESAS” ainda temos que separar, DESPESAS FIXAS de DESPESAS VARIÁVEIS.
Vou reproduzir o texto da própria professora do SEBRAE para que todos entendam melhor esses itens.
“Custos: são 'gastos' efetuados pela empresa, na aquisição de um produto/serviço, com o sentido de obter determinado benefício e/ou lucro. São medidas monetárias financeiras, com as quais uma organização, uma pessoa ou um governo tem de arcar, a fim de atingir seus objetivos, ou seja, referem-se aos gastos efetuados com materiais e insumos na produção do bem, no caso da indústria, ou aquisição do produto, no caso do comércio ou realização dos serviços.
Despesa: é a utilização de valores para todos os fins da empresa.
Investimento: é toda aplicação de recursos financeiros, ou não, que tem o objetivo de geração de lucros e retorno, em geral, a médio e longo prazos.”
O custo com material de limpeza e o próprio funcionário que realiza a limpeza de sua loja ou fábrica, é DESPESA. E, segundo a professora, o gasto com propaganda e publicidade também.
Porém, se você comprou um novo equipamento para sua produção ou um computador para seu caixa, então esses gastos são definidos como INVESTIMENTO.
Veja um exemplo de planilha de gastos:
Observe que essa planilha pode ser a de uma padaria que compra produtos prontos para venda (como o item “Bolacha Mabel”) e produz outros (como o item “farinha de trigo para o pão). Assim, ela tem como custo insumos e aquisição de produtos. Então lembre-se de analisar caso a caso. Se tem um negócio que não produz seu produtos, mas comprou farinha de trigo para fazer uma receita para o lanche dos funcionários, então essa farinha seria despesa e não custo.
Antes que sua cabeça dê um nó, acho melhor pararmos por aqui. Agora, é hora de pegar todas as contas que você pagou no último mês e fazer um exercício. Que tal? Então faça o seguinte, pegue todas as contas e vá separando conta por conta, cada uma delas na coluna correspondente: CUSTOS,DESPESAS e INVESTIMENTO. Se você se animar e conseguir um tempo, faça isso comas contas dos últimos 6 meses.
Para facilitar coloquei duas planilhas com essas colunas prontinhas para vocês! Uma está em pdf, para impressão e a outra está em excel. A vantagem do excel é que ao final há a soma automática dos itens.
Isso vai te ajudar a ler o próximo post sobre o assunto com maior clareza e entender melhor a sequência dessa formação de preço de venda: Gestão Financeira | Como fazer uma Precificação segura.
Oi! Eu sou a Carol, do Nex. Estou aqui para ajudar aos pequenos comerciantes como você, a desenvolver todo potencial de seu negócio.