O micro e pequeno empresário vive pressionado pelos custos de seu negócio. Carga tributária, salários, encargos sociais e despesas variadas se somam ao aumento dos preços dos fornecedores e à retração no consumo. Em um cenário tão complexo, o varejista precisa intensificar o seu controle de custos, já que não há margem para repassar a elevação das despesas ao consumidor.
O primeiro passo para organizar um controle efetivo de custos consiste em montar o orçamento financeiro da loja. Dessa forma, o comerciante terá condições de se organizar melhor e ter um planejamento de gastos. Erra aquele que imagina que orçamento é apenas questão de matemática. O segredo está na gestão.
Custos
O lojista deve listar o que é custo variável ou eventual e o que representa custo fixo. Um bom exemplo para o primeiro caso é a contratação de técnico para resolver um problema no sistema elétrico da loja. Já o custo fixo engloba despesas como salários, encargos, contas de água, luz, telefone, internet e aluguel.
É bom lembrar que o custo fixo pode apresentar valores variáveis no decorrer do ano. A palavra “fixo” quer dizer que a despesa é constante, se repete todo mês. O monitoramento desses gastos permite ao lojista identificar pontos de desperdício.
Economia nas pequenas despesas
Quando se fala em diminuir custos, a primeira ideia se refere às grandes despesas da loja. Na maioria das vezes, há pouca margem de manobra para reduzi-las. Salários, impostos e encargos sociais são intocáveis. Mas existe uma oportunidade enorme de economizar nos custos menores e mais frequentes, nos quais quase sempre há espaço para redução ou racionalização.
Conheça sete dicas que ajudarão o lojista a diminuir custos em espaço curto de tempo.
1. Parada estratégica
No fim do mês, reserve um momento para analisar os custos somados no período. Estabeleça uma meta de redução para o mês seguinte – 5%, por exemplo. Trabalhe com um objetivo definido. No encerramento do período, veja onde houve avanços, quais foram os obstáculos e se a meta foi alcançada. Avalie o desempenho.
2. Estoque
Jamais descumprir a velha regra de que produtos de giro maior devem ter estoque maior. O controle dos estoques elimina desperdício e reduz despesas com armazenagem. Além disso, otimiza a aplicação do capital de giro. Compor estoques requer atenção redobrada.
3. Antecipar soluções
Muitas vezes o lojista se vê diante de situações pouco comuns. Ainda assim, elas devem ser previstas. Por exemplo, a contratação pontual de um funcionário representa despesas extras com transporte. Uma alternativa é reservar recursos para tais circunstâncias dentro do capital de giro. Se o empresário deixa para pensar no problema apenas quando ele surge, geralmente gastará mais.
4. Fornecedores
O primeiro movimento do lojista consiste em buscar o menor preço junto a seus fornecedores. No entanto, pagar menos não basta. O comerciante deve negociar facilidades de pagamentos, prazos maiores, descontos ou outros tipos de vantagem.
5. Terceirização
O que sai mais barato para lojista? Manter uma faxineira fixa ou contratar os serviços de uma empresa terceirizada? A mesma pergunta vale para o caso do funcionário que cuida apenas do cadastro e análise de crédito para vendas a prazo. Há inúmeras companhias especializadas nesse serviço e que apresentam excelente relação custo/benefício. Avalie quando a terceirização é vantajosa sob o ponto de vista econômico.
6. Aproveitamento / Reciclagem
Tradicionalmente, lojas recebem grades quantidades de caixas de papelão, um produto valorizado pelo setor de reciclagem de papel. Há empresas que recolhem diariamente o material e pagam ao comerciante um valor por quilo do produto, gerando uma receita adicional.
7. Energia
Uma das dores de cabeça do lojista é a conta de luz. Sistemas de refrigeração, iluminação, e equipamentos eletrônicos gastam energia durante todo o período de funcionamento da loja. Mas, em alguns casos, o consumo permanece até mesmo após o fim do expediente. Aparelhos como cafeteiras, bebedouros, impressoras e computadores ficam em modo stand by e consomem energia. Esse tipo de equipamento deve ser desligado no fechamento da loja. Fazer manutenções periódicas das instalações elétricas, utilizar lâmpadas econômicas e aproveitar o potencial da iluminação natural são iniciativas que também contribuem para a redução dos custos.
A redução dos custos não deve ser uma preocupação exclusiva do lojista. Os funcionários podem – e devem – contribuir, se engajando no esforço para diminuir as despesas. Nesse sentido, o empresário desempenha o papel de mobilizador.
Quais são as estratégias utilizadas para reduzir os custos e sua loja? Quais são as maiores dificuldades? Conte-nos a sua experiência, deixe seu comentário abaixo.
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